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Implementando plano de mensuração na prática

A edição de 2024 do Product Camp proporcionou conteúdos transformadores para profissionais de produto, dados, martech e growth. Um dos destaques do Aquário Minders foi a palestra de Lucian Fialho, cofundador e CTO da Métricas Boss, que apresentou uma visão prática sobre como estruturar e implementar planos de mensuração de dados.

Neste blog post, reunimos os principais insights da palestra, incluindo estratégias para coletar dados relevantes, evitar erros comuns e construir uma cultura de dados eficaz.

Se você trabalha com dados e busca maneiras de tornar suas análises mais eficientes e valiosas, continue lendo!

Por que medir o comportamento do usuário é essencial?

Lucian começou sua palestra com um ponto crucial: muitos times sofrem com dados mal estruturados ou irrelevantes. O impacto disso é significativo: custos desnecessários com ferramentas e uma dificuldade imensa em tomar decisões baseadas em dados confiáveis.

Principais reflexões apresentadas:

  1. Menos é mais: É fundamental medir apenas o que agrega valor ao negócio. Coletar dados em excesso aumenta custos e dificulta a análise.
  2. Aproveitar ao máximo os dados coletados: Dados bem organizados ajudam as equipes a entender o comportamento do usuário e otimizar experiências.
  3. Facilitar a tomada de decisão: Dados consistentes permitem identificar tendências e resolver problemas de forma mais ágil.

Lucian enfatizou: “Não é sobre medir tudo, mas medir o que importa.”

Passo a passo para um plano de mensuração eficiente

Um bom plano de mensuração começa pelo fim: o objetivo principal da jornada do usuário, chamado de macroconversão. Este objetivo pode ser, por exemplo, a finalização de uma compra ou a assinatura de um serviço. A partir dele, define-se o que medir ao longo das etapas da jornada.

1. Entenda a jornada do usuário

Para medir adequadamente, é necessário conhecer as etapas que os usuários percorrem no site ou aplicativo. Isso envolve:

  • Mapear as interações mais comuns.
  • Identificar os principais pontos de fricção e desistência.
  • Priorizar as etapas críticas para o sucesso do negócio.

2. Defina eventos e parâmetros

Os eventos representam ações que os usuários realizam, como cliques ou preenchimento de formulários. Os parâmetros, por sua vez, enriquecem os eventos com informações detalhadas, como o tipo de dispositivo ou a categoria do produto.

Por exemplo:

  • Evento: “Adicionar ao carrinho”
  • Parâmetros: Nome do produto, ID do produto, categoria, preço.

3. Use uma taxonomia consistente

A consistência nos nomes de eventos e parâmetros é essencial para evitar erros e duplicação de dados. Lucian recomendou o uso do padrão camel case ou nomes em inglês, já que muitas ferramentas globais adotam esse formato.

4. Colaboração multidisciplinar

Um plano de mensuração bem-sucedido envolve times de produto, marketing, design e tecnologia. A diversidade de perspectivas garante que todos os pontos críticos sejam contemplados.

“Um time plural cria eventos mais relevantes e evita desperdícios de recursos.”

Casos práticos e lições aprendidas

Lucian compartilhou histórias reais que ilustram como um plano de mensuração eficiente pode transformar os resultados de uma empresa.

Erro de taxonomia em e-commerce

Um cliente de e-commerce acreditava ter um plano de mensuração completo. No entanto, erros simples como o uso de “AddToCart” (com “A” maiúsculo) e “addToCart” (com “a” minúsculo) dividiam os dados, dificultando a análise. Após corrigir esses erros, a empresa conseguiu unificar os dados e otimizar suas campanhas de marketing.

Aumentando a conversão com dados

Uma empresa cliente da Métricas Boss realizou seu primeiro sprint de tecnologia orientado a dados. O time priorizou corrigir os principais bugs identificados em diferentes dispositivos. Como resultado, a taxa de conversão aumentou significativamente em um dos fluxos mais críticos.

Quantitativo vs. Qualitativo: O equilíbrio ideal

Lucian destacou a importância de combinar análises quantitativas e qualitativas.

  • Quantitativo: Responde perguntas como “Quantas pessoas clicaram no botão X?”
  • Qualitativo: Explora o porquê, como “Por que os usuários abandonaram o formulário na etapa Y?”.

Essa combinação permite uma compreensão mais completa do comportamento do usuário e oferece insights mais ricos para a tomada de decisão.

Cultura de dados: Um diferencial competitivo

Lucian enfatizou que criar uma cultura de dados vai além da implementação técnica. É sobre capacitar equipes a usar dados no dia a dia e garantir que as informações estejam acessíveis para todos.

Dicas para fomentar a cultura de dados:

  • Democratize os dados: Disponibilize dashboards e relatórios claros para todos os times.
  • Realize treinamentos: Ensine as equipes a interpretar os dados e usá-los para tomar decisões.
  • Alinhe os objetivos: Certifique-se de que todos entendem a importância da mensuração para o sucesso do negócio.

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