No Product Camp 2024, o maior evento de produto do Brasil, a Minders marcou presença com um aquário de conteúdo recheado de ideias e inspirações. Entre as palestras apresentadas, uma das mais aguardadas foi liderada por Leonard Karic Klovrza, Solutions Architect na Minders. O tema: "Maximizando Resultados com Experimentos: como os testes são a chave para a personalização", destacou como a experimentação pode impulsionar o engajamento e personalizar experiências de forma significativa.
Neste artigo, exploramos os principais insights dessa palestra, trazendo conceitos, práticas e exemplos que vão ajudar profissionais de produto, martech, growth e dados a aplicarem a experimentação em seus próprios contextos.
O Que É Experimentação e Por Que Ela Importa?
Leonard iniciou sua palestra destacando a diferença entre feature flags e testes A/B:
- Feature Flags: Ferramentas que permitem criar produtos dinâmicos sem depender de um deploy ou intervenções pesadas de desenvolvimento. São úteis para liberar funcionalidades de forma progressiva e mitigar riscos.
- Testes A/B: Utilizados para validar hipóteses por meio de comparações controladas entre diferentes variantes, com base em dados quantitativos e qualitativos.
Leonard reforçou que a experimentação vai muito além de "testar ideias". Trata-se de um processo estruturado que permite a empresas serem mais dinâmicas e orientadas a dados.
Passo a Passo para Criar Experimentos
O palestrante compartilhou um modelo prático para conduzir experimentos, desde a formulação da hipótese até a análise de resultados:
- Definir uma Hipótese: “O que acreditamos que vai acontecer e por quê?” A hipótese deve ser clara, específica e orientada a resultados. Um exemplo foi o teste de exibição de menor preço para passagens no app da Buser, que trouxe um aumento significativo na conversão.
- Estabelecer um Público-Alvo: Com base em segmentações precisas, selecione o grupo certo de usuários para o experimento. No caso da Gol, por exemplo, o site foi personalizado para atender às preferências de clientes argentinos.
- Projetar o Teste:some text
- Utilize ferramentas no-code ou low-code, como a Amplitude, para criar experiências rápidas e dinâmicas.
- Projete variáveis claras para comparação (exemplo: controle e tratamento).
- Mensurar Resultados: Use métricas adequadas, como conversão, tempo de sessão e taxas de abandono, para avaliar o impacto do experimento. Lembre-se de buscar significância estatística para garantir a confiabilidade dos resultados.
- Iterar e Escalar: Cada experimento traz insights que podem ser usados para criar novos testes. Essa mentalidade de ciclo contínuo é essencial para o crescimento sustentável.
Experimentação na Prática: Casos de Uso Inspiradores
Leonard compartilhou casos reais que demonstram o poder da experimentação:
- iFood: Um simples modal avisando que o restaurante estava prestes a fechar reduziu em 25% os erros na jornada de pedido, além de aumentar as taxas de conversão em 84%.
- Reforge: Desligar o maior canal de aquisição no TikTok para testar o impacto na conversão revelou que os resultados se mantinham estáveis, reduzindo significativamente os custos com mídia paga.
- Gol: Personalização do site para clientes argentinos com base em seus hábitos de compra trouxe maior relevância e eficiência na experiência do usuário.
Esses exemplos mostram como pequenos testes podem gerar grandes impactos e orientar decisões estratégicas.
Benefícios de uma Cultura de Experimentação
Leonard enfatizou que a experimentação não é apenas uma técnica, mas uma cultura que precisa ser adotada em toda a organização. Entre os principais benefícios estão:
- Tomada de Decisão Baseada em Dados: Evita suposições e promove uma abordagem mais objetiva.
- Documentação e Legado: Cada experimento gera aprendizados que podem ser replicados e ampliados no futuro.
- Maior Conhecimento do Usuário: Testes constantes ajudam a entender melhor os comportamentos e preferências do público.