Sempre me interessei muito por questões de inclusão de gênero e pelo espaço dado às mulheres no local de trabalho. Fundamentalista da igualdade e equidade dentro do espaço profissional, adoro discutir essas questões e, obviamente, lutar por elas. Por isso, considero que meu karma foi minha carreira profissional ter sido diretamente focada em um setor que é conhecido por sua grande porcentagem de homens e, infelizmente, pelo pensamento arcaico e machista: a indústria do petróleo.
Nesse caminho, que percorri na área de Comunicação e Recursos Humanos, tive a oportunidade de fazer parte de duas empresas muito conhecidas. Uma delas me levou à origem do petróleo e me mudei para o sul da Argentina, onde conheci de perto a falta de mulheres nas áreas operacionais e técnicas e a falta de iniciativas do RH para mudar essa realidade. Na outra empresa, vi a falta de mulheres refletidas em cargos de liderança e me lembro de ter pensado no longo caminho a percorrer para aumentar a presença feminina. E que estrada sem esperança, né? Como vou querer crescer em uma empresa que não tem mulheres líderes? E digo mais, pra onde vou crescer?
Depois de alguns anos, coloquei a indústria do petróleo de lado e comecei a aprender um pouco mais sobre o espaço Martech, especificamente como ele se desenvolve na América Latina. Para minha surpresa, encontrei empresas novas, abertas e dinâmicas, dispostas a trabalhar para que as mulheres se empoderem e tenham espaços de ação. Empresas que realmente consideram valiosas as contribuições femininas e que tomam as rédeas para tornar isso algo característico da cultura corporativa. Mesmo que isso seja ótimo, é necessário reafirmar que este é bare minimun que deve ser feito, mas no contexto em que vivemos, encontrá-lo já é ouro.
Depois de conhecer o espaço Martech como observadora, agora tenho a oportunidade de conhecê-lo por dentro, como mais uma team player, graças a empresa que me abriu portas: Product Minds. Desde o primeiro dia, encontrei transparência, sinceridade, vontade e recursos para que toda a equipe possa aprender. Além disso, todas as semanas tenho reuniões individuais de feedback, onde sempre me perguntam o quão confortável estou, que aspectos vejo que podem ser melhorados, como me sinto com as minhas responsabilidades na posição de trabalho que eu tenho e quais são as coisas que eu faria de forma diferente. Vale ressaltar que o importante dessas perguntas não é apenas formulá-las, e sim o quão ouvidas são as respostas que a gente dá.
O encanto para Product Minds surgiu a partir do momento em que li a descrição da vaga e dobrou quando em uma das reuniões 1 to 1 com Nico, fundador da empresa, aprendi sobre os objetivos e o compromisso da Product Minds com a igualdade dentro do espaço de trabalho. Tanto é que nas próximas vagas abertas que vamos publicar as mulheres têm prioridade. Considero que são ações como essa que transformam o abstrato em tangível, transformam o manto eqüitativo em que muitas empresas se revestem em fatos e iniciativas. Buscar a igualdade não significa anunciar que você quer reduzir o gap, e sim se esforçar para que dentro de seu espaço de trabalho você sinta que todos têm oportunidades iguais de crescimento.
“Carol, então isso significa que o machismo não está presente na indústria Martech?” Não, machismo é algo que está em todas as indústrias. A diferença dentro do espaço da Martech é que me vi cercada de ações que tentam reduzir os gaps de gênero, como as ações das quais faço parte dentro do Product Minds. Concluo esta ideia com o desejo de que todas as mulheres se sintam valorizadas, respeitadas e cuidadas dentro do seu trabalho e, por isso, convido-as a dar uma olhada nas nossas vagas abertas. Um dos nossos objetivos como empresa (e o meu objetivo pessoal) é conseguir construir melhores espaços de colaboração onde todas as ideias sejam válidas e onde nenhuma mulher se sinta silenciada.
Se você gostaria de fazer parte do Product Minds, compartilho o link das nossas vagas. Convido-as a trabalhar lado a lado para promover e criar espaços de trabalho verdadeiramente inclusivos e também a deixar de celebrar o manto pouco pró-ativo com que muitas empresas se cobrem quando discutem questões de gênero.